quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Capítulo 11 - Walkers

Quanto mais as horas passavam, mais cadáveres chegavam para os legistas. Katherine já fora chamada, sua decisão foi unânime, por isso os demais legistas nem se quer examinavam direito os corpos. Já eram 2:35 da manhã, quando um grande surto fez as pessoas correrem e gritarem pelos corredores do necrotério. - Vocês precisam dormir - desdenhou o chefe da segurança - Precisam de descanso, pois estão tendo alucinações. Nada do que disse adiantou, mais e mais pessoas corriam, mas ninguém sabia explicar o fato. - Joseph, pela esquerda - mandou o chefe. Já de frente com a sala de necrópsia 2, Joseph pode observar algo fora do natural, algo realmente assustador. - Chefe, alucinações, hã? - ficou boquiaberto. O maior deles se aproximou da porta e apenas olhou para dentro da sala. - Meu Jesus - hesitou.
Enquanto isso, um rapaz de óculos escuros surge no início do corredor. Era alto e usava uma jaqueta de couro preta, seus cabelos loiros só não esvoaçavam porque eram curtos. - Mas que diabos é isso? - indagou o chefe quando o retardatário já havia se aproximado da porta. - São zumbis - ele não mudou a feição, apenas observou tudo pela porta. Pareciam estar seguros.

Capítulo 10 - Secret Room

Ainda com o dedo latejando por conta do corte, havia andado por uns 40 minutos até chegar na velha construção, por onde adentrou pelos fundos, numa espécie de porão. As lâmpadas pouco funcionavam, estranho ainda ter corrente elétrica por ali. Desceu duas escadas e virou na esquerda, seguindo até uma porta quase no fim do corredor estreito. Logo acima da porta, uma placa prateada brilhava, esperando ser notada. Matthew Richmond estava escrito. Abriu-a com cautela e passou a mão pelo interruptor, acendendo a lâmpada. O lugar estava impecável: leçoís novos, tapete limpo, mini-geladeira cheia, cobertores, um notebook. - Não acredito que ele ainda usa isso aqui! - surpreendeu-se Katherine. Andou um pouco pelo cômodo, não parecia fazer parte daquela velha e imunda construção anteriormente vista. Deitou-se na cama de barriga para cima com as mãos na nuca e por ali ficou refletindo, algum tempo depois adormeceu. Depois, não muito, Matt apareceu lá e deparou-se com Katherine deitada em sua cama. Hesitou. Mas ficou encantado com o que vira. Gostava de vê-la dormindo, e logo o fez. Cobriu-a, acomodando-a do modo correto, fitou-a por alguns longos minutos, apagou as luzes e saiu dali.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Capítulo 9 - Blood

Já havia passado por centenas de radares, isso realmente preocupou a corporação. Seus dois melhores agentes cometendo gafes, parecia que queriam se "vingar". Ela continuou por alguns kilômetros, até ser abordada por sujeitos bem conhecidos, Curtis e Marshall. Foi obrigada a encostar e descer da moto. - Ei, Curtis. Qual é a boa de hoje? - ela sorriu sem graça. - Bom, pegamos uma das crianças sem limite - desdenhou. - Vamos lá, Marsh. Não dê a multa pro proprietário, pode deixar por minha conta. - encheu-se de si e tomou conta do erro. - Sabe, estou procurando Matt - mentiu. - Você não faz parte disso! - Curtis ressaltou. - Os agentes são notificados, assim como toda corporação - pareceu sorrir - Mas não preciso te explicar, você sabe muito bem disso. - preparou a moto para ser colocada em cima do caminhão. - Sem mais demandas. Vamos logo com isso - Marshall puxou uma agenda do bolso e com a outra mão puxou a mão de Katherine. - Não vai doer dessa vez! - pareceu prometer. - Você que pensa - ela levantou o dedão, deixando Marshall furá-la com um estilete. - Outch! - ela fechou os olhos. - Pronto! - Marshall depositou o sangue em uma lâmina de vidro e fechou-a com outra, guardando na agenda.

Capítulo 8 - Super Crap

Katherine saiu em alta velocidade, atropelando, estragando...ótimo. - Você está causando um desastre! - hesitou Jess - E ainda vou ser cumplice - colocou a mão na testa. - A corporação vai entender - Kathy olhou para trás e sorriu, desviando de tudo. Sem notar, passou por um radar do Instituto e seria muito chato encontrar-se com Curtis de novo. Katherine parou a moto numa rua escura, deixando Jess descer. Enquanto isso, pelas duas rua encruzilhadas vinha-se Lukaz, Lindsay, Max e Anthony. - Matt está sendo procurado pela corporação - anunciaram exaustos - Achamos que ele estivesse com você - Lindsay ofegou - Mas esse não ia ser o motivo pra ele arrancar o chip. - Max continuou. Kath hesitou, mas fingiu não se importar - Que ótimo! - abaixou a cabeça e rodou a chave na ignição. - Ele te ama, Kathy - Jess disse sem pensar. Kath não deu ouvidos. - Sim, ama! Ele me disse - ficou sem graça e continuou - Só não faça isso com ele - abaixou a cabeça. Katherine respirou fundo e disse - Só estou fazendo o que ele fez comigo. Ela assumiu a moto e saiu em alta velocidade.

Capítulo 7 - The Big "P"

Só para ressaltar, uma vez dentro do "Instituto" verá seus pais até sua formatura. 
Kathy estava sentada no meio fio tomando uma cerveja, enquanto o resto estava em festa. Uns se beijavam, outros brigavam, natural. - Ei, animação! - Anthony a chacoalhou levemente pelos ombros. - Empolgação zero - deu o último gole e jogou a garrafa para longe, quase acertando um senhor que passava por ali. - Peter está passando mal - Jess a noticiou. - Droga! Novatos - dobrou os lábios e levantou-se procurando pelo celular. Jess observou e logo disse - Não usamos celulares, lembra? - sorriu. - Er, pensei alto - puxou Anthony e Jess até um telefone público mais próximo. Katherine tentou ligar para um superior, mas não conseguiu. Jess analisou o telefone e viu que haviam deixado moedas e cigarros, e assim se lembrou de seu pai, que sempre o fizera. Kathy pegou tudo o que estava por ali. Cleptomaníaca? Não! Ladra mesmo. - Espera um pouco! - Kath engoliu seco e continuou - Aquele não é o seu pai, Jess? - apontou para o senhor que quase tinha acertado a garrafa errante. Jess se surpreendeu, apesar de tudo, ele era seu pai, e ela o amava. Não conseguiu abrir a boca, ficou calada. - Er, oi. Na verdade precisamos da sua moto! - Katherine sorriu já montando na mesma. - Tudo bem - o senhor sorriu para Jess. - Vejo vocês depois - Anthony empurrou Jess na garupa da Kath e correu. Haviam alguns procedimentos estranhos para agentes "bêbados" e o Instituto os levava muito a sério. 

sábado, 4 de dezembro de 2010

Capítulo 6 - Love is Louder or Not

Matt não disse uma palavra, terminou o que tinha que fazer e subiu até o quarto 02 "Lindsay Campbell / Lukaz Boscov" para pedir algum conselho. Por mais que Kathy havia jogado tudo em sua cara num tom hostil, era tudo verdade. E ele percebeu que havia errado.
Mas vocês não podem fazer isso - Lindsay pareceu frustrada - Vocês são um time. Você e ela, ela e você - sorriu amarelo e continuou - Não consigo imaginar vocês separados.
Me cansei, Lind. Tem dias que ela nem olha na minha cara e vem me pedir coisas no outro dia, toda sorridente. Outros dias ela me ignora por completo e fica grossa, somente comigo. - respirou e prosseguiu - Creio que anteontem ela passou dos limites.
Tente consertar isso - ela ficou sem graça.
Mas eu não quero - ele abaixou a cabeça.
Então o que veio fazer aqui? - a garota arqueou uma sobrancelha.
Nada. Obrigado por me ouvir - ele saiu, indo em direção ao quarto 08.
Os corredores estavam silenciosos, quase ninguém estava na casa, havia uma festa a alguns metros dali. Os que restavam ainda estava se arrumando para sair, apenas.
Hey Jess. Posso entrar? - ele bateu na porta, como um apelo.
Matt? - ela abriu a porta com o lápis de olho preto na mão esquerda, e um olho desenhado - Pode entrar, claro.
Eu amo ela, Jess - desabafou - Mas não dá pra continuar. Não quero ficar preso nisso - ele demonstrava cansaço.
Mas ela vale a pena? - ela sorriu pra ele, esperando receber um sorriso de volta
Valia - ele não mudou a expressão - Jess, eu me preocupo com ela, eu quero cuidar dela. Mas acho que é amor platônico - parecia inconformado.
Já tentou falar isso pra ela? - deu-o esperanças.
Certamente ela não ia me ouvir - estralou o dedo indicador.
Ok, se você não vai fazer nada, eu vou. Vamos para a festa? - Jess estava excitada com a festa.
Na verdade tenho algo pra fazer. Mas se divirta. - ele saiu deixando Jess no vacuo.

Capítulo 5 - Truce

Katherine não conseguia viver sem Matt, mas ela tinha que ser forte, senão ia sofrer sempre mais. O que ele havia feito? Algo tão grande assim? Não dizia pra ninguém. Por fim, resolveu não ignorá-lo tanto como antes. Mas Matt não pensava como dois dias atrás, ele não a ignorava, mas não suportava nada do que ela fazia. "Kathy, para. Tá me atrapalhando." 
"Kathy, agora não." "Kathy, não grita." "Kathy, não." "Kathy, cala a boca." "Kathy, sai." "Kathy, Kathy, Kathy."
  Até que ela se irritou e bravejou - Que inferno, Matt. Para de se incomodar comigo, vai pro inferno. Você enche muito o meu saco. Tudo o que eu faço tá errado ou te enche o saco. Por que você não morre e me deixa em paz? - após dizer, saiu batendo a porta do quarto, indo em direção a porta do saguão que dava de frente para a rua.

Capítulo 4 - Something Wrong

Ontem e hoje já tinham sido ruins, a espera era que amanhã fosse um dia lindo. O pior? Kath e Matt eram Médicos Legistas, por isso dividiam o mesmo quarto e as mesmas missões. Eles só eram formados em Medicina, mas tinham missões como agentes e advogados, isso não atrapalhava em nada, eram treinados para tudo. Kath e Matt eram um time, eram parceiros, em absolutamente tudo, até mataram o primeiro cara juntos. Hoje eles teriam de se aguentar.
Vamos lá, novatos! - Kathy fingiu não ver Matt e seus dois novatos do outro lado da sala do necrotério e se empenhou totalmente em seus corpos. 
O grande problema? Kathy sempre sonhou em ser legista, Matt nunca teve uma profissão decidida. Resultado, Kathy era melhor que Matt e ele sempre pedia pra ela conferir, absolutamente tudo. Essa desavença entre os dois, iam causar muitos erros, para ambos.
Dra. Katherine, a causa das mortes fora, por hemorragia. Uma enorme mordida no pescoço e em outras partes do corpo, que parecem ser humanas. - Peter disse calmamente.
Canibalismo - concluiu Anthony.
Ótimo - Kathy fechou a gaveta.
Só vou terminar as declarações, vocês estão despensados - ela sorriu e virou-se para sua mesa.
Matt parecia estar com dificuldades, mas fazia tudo com atenção. Seus novatos ficaram um pouco assustados com a rapidez dos novatos de Kath, mas como ele não havia comentado nada, continuaram.
Katherine terminou tudo e saiu da sala, quando um dos novatos de Matt lhe pergunta: Dra. Katherine, você não irá ficar? - ela sorriu.
Não! - Kathy devolveu o sorriso e fechou a porta, caminhando até a saída.

Capítulo 3 - Fight

Matt não havia falado com Kath, só aquele pequeno diálogo na cozinha. Ele tentava, e também não tentava falar com ela, ele sempre foi neutro, nunca fazia nada pra tentar consertar, sempre passivo, esquecia das coisas, tinha uma ideologia de vida: "Eu me machuco, você não!". Isso incomodava Kathy mais do que qualquer coisa. Ela cuidava de todo mundo, mas ninguém cuidava dela. Estava sempre sozinha. Não sei se pensam que ela é forte e não liga pra nada, mas no fundo eu sei que ela pede socorro. 
Kath, preciso falar com você - Matt veio correndo tentando dar um nó na gravata.
Estou ocupada agora, tenho que ir trabalhar -  ela continuou caminhando.
Kath, só preciso falar um minuto - ele insistiu puxando-a pelo braço.
Restam só 30 segundos agora - ela fechou a cara, empurrou a mão dele e cruzou os braços.
Enquanto isso, o batalhão dos veteranos assistia tudo. Lindsay ao lado de Anne, que estava ao lado de Jess que puxava o braço de Max e conversava com Lukas. 
Aonde você foi ontem? Eu me preocupei - ele realmente demonstrava preocupação.
Por que tanto interesse? Você assistiu algum filme de terror e não conseguiu dormir ou agora está vendo espíritos? Só pra isso você precisa de alguém no quarto - ela deu as costas para o mesmo e continuou a andar.
Olha Kath, eu realmente me preocupei com você e você vem me tratando desse jeito? - desapontou-se.
Nada além da verdade - ela sorriu com desdém e puxou o braço de seus dois novatos, levando-os para fora.
Eu desisto de você - Matt disse baixo, mas todos que estavam ao fundo conseguiram ouvir.

Capítulo 2 - Rookies

Acho que Katherine estava no chão, sempre se mexeu demais enquanto dormia. Ela acordou de repente, pensando porque estava no chão. Jessalyn ainda dormia tranquilamente. Olhou no relógio e eram 6:59, exatamente faltava 1 minuto para Whisper* acordar todos. Dito e feito, às 7 horas o despertador chama "Jessalyn Brooks, hora de acordar".
Hora do congestionamento, os banheiros estavam todos cheios e a válvula de escape era o banheiro de Jess. Por incrível que pareça, os homens demoravam mais para se arrumar do que as mulheres.
Enquanto isso no quarto 03 "Katherine Gottwald / Matthew Richmond", Matt acordou sozinho. Ele tinha o costume de acordar primeiro, para observar Kathy dormindo, mas naquele dia não havia Kathy ali, só a cama com os lençois roxos e o livro marcado. Ele achou estranho, pois durante cinco anos ela nunca tinha dormido fora. Hesitou e foi banhar-se logo após o despertador mandar ele acordar.
Kathy banhou-se no banheiro de Jess, mas só usufruiu da toalha, pois as roupas de Jess certamente não caberiam nela. Desceu as escadas só de toalhas, indo em direção ao seu quarto, todos os que estavam pelos corredores e pelo saguão pararam para olha-lá. Adentrou o quarto, jogou a toalha na cama e começou a se trocar sem se importar com qualquer pessoa que estivesse por lá.
Subiu as escadas que levava ao segundo piso do quarto e na escrivaninha encontrou um envelope com os utensilios necessários para a missão.
* Um distintivo
* Documentos pessoais
* Um Dossiê
O traje estava pendurado logo ao lado, junto com outro Dossiê de dois novatos.
Adoro novatos - foi sarcátisca e vestiu-se com rapidez para descer para o café.
No café, muitos estão hiperativos, outros com sono, alguns mais ou menos e outros não estão, simples. Matt perguntava para todos sobre Katherine, mas ninguém sabia informar. Ela encontrou com Jess na porta da cozinha e entraram juntas, Jess sentou-se ao lado de Lindsay e Kathy seguiu até a geladeira para pegar suco de laranja, enquanto Matt parecia já ter pego sua refeição. Se sentou perto da porta, na ponta da mesa, bem distante de Matt.
Hey, Kath. Peguei sua refeição - ele disse em voz alta, tentando passar a mensagem no meio das conversas paralelas.
Não estou com fome - ela permaneceu neutra. 
Então tudo bem - ele ficou sem graça, levantou da mesa e colocou a bandeja no balcão.
Katherine estava morrendo de fome, mas não ia entregar os pontos. Levantou da mesa, deixou o copo na pia e partiu para o Saguão onde encontraria Anthony Jenkins e Peter Lennon, seus novatos. Todos os veteranos iriam receber dois novatos, onde os mesmos já passaram por treinamentos intensivos. O último treinamento era prática em campo, deveriam observar todo movimento e temperamento do superior.
Anthony era alto, forte, simpático e esportista. Já Peter, era alto, forte e um pouco fora do peso. A missão era, examinar os corpos que foram recentemente encontrados, tinham dúzias deles, todos estraçalhados, alguns decapitados. Aquilo era novo.



* Whisper: Extraído de Tower Prep

Capítulo 1 - Meet me

Ontem a tarde ela teve um sonho inquietante. Ficava se revirando na cama, o tempo quente ajudava, e o ventilador nem tanto.
Tinha um homem com ela, não na cama, já em outro lugar. Era uma sala no subsolo de um prédio abandonado, já uns 25 anos. Além dele, haviam algumas mulheres e mais uns dois homens. Pareciam estar numa reunião de negócios. 
Mas num prédio como aquele: Todo velho, em tempo de cair?
Ela e o primeiro homem pareciam falar mais que os demais, tinham um tom de discussão, todos conversavam, só eles discutiam. No fim de tudo, ele a trazia para os seus braços, mas ela o rejeitava intensamente.
Terminada a reunião, todos saíram do local e voltaram para a "civilização". 
Eles eram o que? Irmãos? Amigos? Primos? Casais? 
Todos seguiram para o mesmo lugar, uma casa grande, onde o nome de duas pessoas estavam em uma plaquinha no alto da porta. 
Hey, Kathy. Onde você vai? - Anne vinha correndo da porta principal.
Vou ali fora - mostrou o maço de cigarros.
Vou com você! - sorriu e segurou-a no braço.
 Deu pra ver Matt entrando depois de Nina no quarto que a placa mostrava a escrita "Katherine Gottwald / Matthew Richmond". Nenhuma das duas que estavam paradas na porta da cozinha se importaram e voltaram a tragetória até a varanda dos fundos. 
O que aconteceu? - a mais alta delas perguntou.
Nada! - deu a sua primeira tragada.
Tudo bem se você não quiser me contar - olhou a outra com desdém e virou as costas
Ann's já disse que não foi nada. Não se preocupe - ela sorriu convencendo, sabia fazer isso, sempre.
Então vamos dormir, já é tarde. - foi puxando a amiga pra dentro e a mesma jogou a bituca de cigarro para longe.
Katherine parou na cozinha, falando para Anne que ia tomar um suco e comer um pão de queijo, a outra garota seguiu até a porta que estava escrito "Anne Smith / Maxwell Levin". Sim, ela tomou o suco e comeu o pão de queijo, mas não foi para o seu quarto. Subiu as escadase entrou no quarto 08 "Jessalyn Brooks". Por que só havia um nome escrito? É simples, o colega de quarto de Jess havia sido morto e os quartos não podem ser substituídos. 
Jess, você tá aqui? - não tinha o hábito de bater, já ia entrando. 
Estou no banheiro, já saio. - estranhou.
Enquanto isso, Katherine observava toda a nova decoração do quarto de Jessalyn. Pôsteres de vários artistas, do teto até o rodapé. Lindos.
Então... Para o que precisa de mim? - Jess era sempre bem humorada.
Posso dormir aqui? - Kat coçou a cabeça.
Er, pode. Mas o que houve? - ela parecia já advinhar.
Nada. Só quero ficar com você hoje. - ela sorriu, como se nada tinha acontecido mais uma vez. Jessalyn a acolheu de braços abertos, parecia ter um dom, a cama já estava feita, do jeito que Kat gostava. Agora era só esperar pelo amanhã.





sábado, 16 de outubro de 2010

Carpe Diem ×

O que eu poderia fazer por você? O que você fez por mim, foi além dos limites. Eu sempre esperei isso de você e você sempre esperou de mim. Agora eu vim pedir desculpas, porque de alguma maneira isso teve que ser assim, não sei por que. Eu nunca fui do tipo dramático, sempre fui ingênuo, indeciso, enfim... não demonstrava tudo que o você era pra mim. E sim, agora a culpa é toda minha. Se nós dois tivessemos partido, eu não teria como te trazer flores e não acreditaria de maneira alguma que as minhas orações seriam ouvidas, porque agora, eu sei que você me ouve, de algum lugar você vai cuidar de mim. Pra Sempre.





 Do Amor à Traição - Capitulo Final

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Ó Morte!

Ó morte.
Porque não me poupas só mais um ano?
Mas o que é isto que não consigo ver.
Com mãos frias como gelo a envolver-me?
Quando Deus desaparece e o Diabo toma a poder.
Quem terá piedade da tua alma?
Ó morte.
Nem riqueza, nem ruína, nem prata, nem ouro.
Nada me satisfaz a não ser a tua alma.
Ó morte.
Eu sou a morte, ninguém pode escapar.
Abrirei a porta para o Céu ou o Inferno.
Ó Morte.
O meu nome é morte e chegou o fim.

Relatos de uma garota suicida (PT III)

Seus olhos estavam abertos, seus cabelos pararam de "dançar", a água não tinha movimento. O corpo pálido estava ali, dentro da banheiro cheia d'água. Havia morrido por um tipo de "afogamento instantâneo", mais chamado de "suicidio por afogamento". Passados três minutos, sem nenhuma hesitação nem movimento, por coisa de segundos ela levantou a cabeça e respirou ofegantemente. Encolheu-se ali na banheira mesmo, abraçou as pernas e permaneceu por algumas horas, quieta, imóvel e apenas pensativa.
O que teria feito ela mudar de idéia? Essa foi apenas a sua primeira tentativa de chegar ao óbito.

Intro

Sabe quando fazem as apostas no clube? Sobre quem fica mais tempo sem respirar embaixo d'água? Ela estaria praticando? Ou três minutos embaixo d'água levaria á um afogamento instantâneo?

Relatos de uma garota suicida (PT II)

Água, um transporte rápido.

Olhava impaciente o gelo derreter dentro do baixo copo de tequila que pouco tempo havia servido. Degustava lentamente a dose ouvindo Mötley Crüe e pensando sobre o mundo parar. Era realmente "louco", mas para ela era absurdamente normal. Mexeu o liquido com a ponta do dedo indicador e empurrou o copo até o final do balcão, chupando o dedo logo após. Trajava um vestido de seda branca, longo com alguns detalhes em renda. Estava descalça e seus longos cabelos pretos brilhavam com a pouca luz solar que adentrava pela pequena frecha que a cortina deixou. Da sala de estar, foi apenas até o banheiro, onde uma banheira com água quente lhe esperava. Iria tomar um banho? Se você cre nisso, vá em frente, pois ela entrou na banheira sem despir-se de nenhuma peça de roupa. Logo a água estava totalmente sobre o seu rosto, seus cabelos "dançavam" na água e seus olhos azuis contemplavam a cena.

Relatos de uma garota suicida. (PT I)

Quem é você? Que lugar você ocupa no mundo?

Era isso que se perguntava todos os dias. O cheiro forte da nicotina impregnava toda a sala de estar, enquanto o cigarro chegava ao fim dentro do cinzeiro. Não era normal para uma garota de apenas dezesseis anos que aparentava ter uns vinte e três. Era responsável por si, tinha tudo o que queria, dinheiro, fama, homens, sucesso. Seria pressão? Ter tudo lhe causava uma certa crise de "solidão"? Não sabia como explicar, não sabia nem quem era. Morrer? A única solução para qual zelava todos os dias. Pode lhe parecer patético, mas assim ela se sentia melhor.